quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Sociedades Maias

Sociedades Maias

imagem da antiga sociedade maia


Rigidamente dividida em três classes às quais o indivíduo pertencia desde o nascimento. Primeiro, a família real, incluindo ocupantes dos principais posto do governo e os comerciantes; em seguida, servidores do Estado, como dirigentes das cerimônias e responsáveis pela defesa e cobrança de impostos, na camada mais baixa,os braçais e agricultores.


Os antigos maias jogavam um jogo sumamente cerimonial com uma pesada bola de borracha, do tamanho aproximado de uma bola de basquete. As regras exatas do jogo não são conhecidas, mas pequenos times de um a quatro jogadores tentavam atingir marcadores ou aros com a bola, sem usarem as mãos. No final de uma batalha militar, os prisioneiros eram forçados a jogar uns contra os outros, em um jogo sem vencedores. Os perdedores eram torturados e executados, enquanto aqueles que não eram mortos tornavam-se escravos. Algumas pinturas maias retratam cabeças decapitadas colocadas no campo de jogo, substituindo a bola de borracha. Este campo no lado ao sul do Templo I é um de três em Tikal e o menor conhecido na região maia.


SOCIEDADE


A sociedade maia tinha uma organização bastante diferente dos demais impérios consolidados ao longo do continente americano. Organizando-se de forma descentralizada, os maias dividiam o poder político entre diversas cidades-Estado. Em cada uma delas, um chefe, chamado de halach vinic, governava a região em nome de uma divindade específica. Seu poder era repassado hereditariamente e os principias cargos administrativos eram por ele delegados.


Os funcionários públicos da cidade eram todos de origem nobiliárquica e desempenhavam cargos de confiança. Entre outras funções, este corpo de funcionários deveria controlar os exércitos, fiscalizar a arrecadação de impostos e a aplicação das leis. Outro importante cargo era desempenhado pelos sacerdotes, que orientavam os sacrifícios e oferendas realizadas durante as cerimônias religiosas. Além disso, a classe sacerdotal maia deveria cuidar da disseminação das técnicas e conhecimentos dominados pela civilização.


Logo abaixo, na pirâmide social maia, existia uma ampla camada social intermediária. Nela encontravam-se artesãos e guerreiros que exerciam atividades importantes na manutenção das instituições e da economia maia. Em seguida, situavam-se as classes trabalhadoras responsáveis pelo cultivo das terras e da construção das obras públicas. O trabalho por eles desempenhado era usufruído por toda a sociedade, tornando-se assim, o sustentáculo da economia maia. Na base da sociedade estavam os escravos, geralmente obtidos por conquistas militares e o não pagamento de tributos.


ECONOMIA


O milho era considerado um dos principais gêneros agrícolas da dieta alimentar maia. Seu cultivo contava com técnicas bastante desenvolvidas que trabalhavam em um sistema rotativo de terras. Alem disso, utilizavam das queimadas para explorarem terras ainda não cultivadas. O grande consumo do milho e o uso das queimadas faziam com que as terras férteis sofressem um rápido processo de desgaste.


Além do milho, a abóbora, o feijão, o tomate e várias raízes eram alimentos usualmente consumidos pelos maias. A culinária maia também apreciava o uso de temperos e especiarias. A baunilha, a pimenta e o orégano eram produtos utilizados no tempero dos alimentos. A caça era outra atividade econômica de grande importância. Antas, tartarugas, coelhos, macacos, veados e jaguares eram os principais tipos de caça apreciados.

Organização politica e social

É incontestável que o estado inca teve uma organização social e política peculiar. Seu chefe de Estado era o Inka ou Sapan Inka, também conhecido como Sapan Intiq Churin ("O Único Filho do Sol"), que tinha uma esposa com o nome de Qoya. De um modo mais compreensível, pode-se dizer que o nome "Inka" equivale a "Rei"; e "Qoya" significa "Rainha". De acordo com a tradição andina, tanto Inka quanto Qoya eram descendentes diretos do Deus Sol. Para perpetuar sua linhagem divina, o Inka era obrigado a casar com sua irmã. O "Sapan Inka" também tinha um número limitado de concubinas e filhos. A tradição conta que Wayna Qhapaq tinha mais de 400 crianças. Este privilégio era dado somente para o Inka.


O Inka era o chefe religioso e político de todo o Tawantinsuyo. Ele praticava a soberania suprema. Pesava o fato de que o Inka era venerado como um deus vivo, pois era considerado o Filho do Sol. Seus súditos seguiam suas ordens com total submissão. Aqueles que conviviam com ele se humilhavam em sua presença, em ato de extrema reverência. Apenas o mais nobre homem da linhagem Inka podia dirigir a palavra ao Inka e repassar as informações aos outros súditos. Algumas das mulheres do Império Inca coletavam cabelo e saliva do Rei, como forma de se protegerem de maldições. Ele era carregado em uma maca dourada e suas roupas eram feitas de pele de vicunha da mais alta qualidade. Somente ele usava o simbólico Maskaypacha ou uma insígnia real, espécie de cordão multicolorido. Grandes adornos dourados pendiam de suas orelhas, o que acabava por deformá-las. O imperador inca usava ainda uma túnica que ia até os joelhos, um manto banhado a esmeralda e turquesa, braceletes e joelheiras douradas e uma medalha peitoral que trazia impresso o símbolo do Império Inca.


Pachakuteq governou de 1438 a 1471 e foi sucedido por Tupaq Inka Yupanqu i, que ficou no poder de 1471 a 1493. Depois, seguiram no reinado Wayna Qhapaq (1493-1527) , Waskar (1525-1532) e finalmente Atawallpa (1527-1533) . A dinastia inca não acabou com a chegada dos espanhóis invasores, mas abriu caminho para o surgimento da nação Quéchua. Movido por interesses diplomáticos, Pizarro nomeou Toparpa ou Tupaq Wallpa como o novo Inka, envenenado quando viajava até Cuzco. Mais tarde, o direito ao trono foi oferecido a Manko Inka ou Manko II,outro filho de Wayna Qhapaq que, em 1536, começou uma longa guerra para retomar o comando de Tawantinsuyo. Ele acabou sendo assassinado por dois seguidores do conquistador espanhol Almagro e foi substituído pelo filho, Sayri Tupaq, que morrem em Yucay, após traição dos conquistadores. Titu Kusi Yupanqui, irmão de Sayri Tupaq, foi denominado novo Inka. Sua primeira ação no poder foi se dirigir até Vilcabamba, com o objetivo de continuar a guerra. Vitimado por uma doença, Titu Kusi morreu e foi sucedido pelo irmão Tupaq Amaru. Mas Amaru foi seqüestrado pelo capitão espanhol Martin Garcia Oñas, que acabou se casando com a sobrinha de Amaru. Tupaq Amaru foi levado até Cuzco e executado em praça pública. Era o ano de 24 de setembro de 1572 e o conquistador Viceroy Francisco de Toledo se regozijava diante da execução sumária. Após 36 anos de guerra, os conquistadores do Velho Mundo adquiriam todos os direitos sobre a terra sagrada dos incas.